Real é a 6ª moeda mais desvalorizada no mundo em 2024: e agora?

O real brasileiro registrou a sexta maior desvalorização global em relação ao dólar em 2024, com uma queda de 11%. Esse desempenho negativo só foi superado pelas moedas da Nigéria (-42,1%), Egito (-35,2%), Sudão do Sul (-31,5%), Gana (-20,9%) e Japão (-11,3%). O levantamento foi conduzido pelo economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini, a pedido do Poder360.

Real é a 6ª moeda mais desvalorizada no mundo em 2024: e agora?
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O estudo considerou 118 moedas de todo o mundo, mostrando que o dólar se valorizou frente a 78 divisas neste ano, o que representa 66% do total analisado. Em contrapartida, 40 moedas tiveram um desempenho superior ao da moeda norte-americana.

Em junho, o real figurou como a quinta moeda mais desvalorizada em relação ao dólar, com uma queda de 3,7% até a sexta-feira (21.jun.2024). Esse desempenho só foi melhor que o das moedas da Nigéria (-22,2%), Colômbia (-6,7%), México (-6,6%) e Cazaquistão (-4,1%).

As declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) contribuíram para o pessimismo no mercado financeiro. O dólar comercial encerrou a semana cotado a R$ 5,44, registrando uma alta de 1,10%. 

Na última sexta-feira (21), Lula afirmou que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, é um adversário político e ideológico, e sugeriu que a autoridade monetária retornará “à normalidade” no final do mandato de Campos Neto, em dezembro de 2024.

“Investidores receiam que Lula possa indicar substitutos para Campos Neto que não mantenham a independência necessária em relação ao Poder Executivo nas decisões de política monetária”, explica Luciano Bravo, Head of Sales e Marketing da Inteligência Comercial.

Nesta terça-feira (25), espera-se que a ata do Copom (Comitê de Política Monetária)  demonstra mais segurança e confiabilidade em resposta à crise econômica que o Brasil vem passando.

A intenção dos ministérios da Fazenda e do Planejamento é de, juntos, trabalharem para mostrar ao mercado a disposição de ajustar as contas públicas e manter a meta de zerar o déficit público.

Luciano avalia que as empresas brasileiras de todos os portes acabam sofrendo com a falta de desenvolvimento na economia. E que, países como EUA podem auxiliar nesse sentido. “Investimentos em infraestrutura, por exemplo, podem ser impulsionados por financiamentos externos, melhorando a conectividade e a logística do país”, diz.

Segundo explica o Mentor, o crédito internacional precisa desempenhar um papel crucial na economia, oferecendo recursos financeiros essenciais para diversos propósitos estratégicos. “Os recursos estrangeiros podem contribuir para a estabilização econômica ao fortalecer a capacidade de investimento, como empresas de qualquer porte, assim ajudando no controle das pressões inflacionárias”, diz.

“Projetos de todos os tipos, como os sustentáveis, iniciativas ambientais e energias renováveis, negócios, vendas de produtos e outros também podem ser viabilizados com esse suporte financeiro externo, fomentando um crescimento econômico mais equilibrado e sustentável do país”, finaliza.

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